quinta-feira, 28 de julho de 2011

Depósitos prometem 6,2%, mas rendem menos
Com dificuldade em obterem financiamento externo, os bancos viraram-se para a captação de poupanças cá dentro. Os depósitos de taxa crescente prometem rendimentos na casa dos 6%, mas são um engodo, revela a PROTESTE POUPANÇA de maio.
O boletim financeiro da DECO PROTESTE analisou 38 depósitos de taxa crescente e concluiu que vários atingem os 6%, mas apenas no último período. No primeiro ano, todos rendem menos do que a inflação prevista para 2011 (3,6%) e menos até do que o melhor depósito a 12 meses (3,7% líquidos). O rendimento efetivo líquido, ou seja, o rendimento anual para a totalidade da aplicação é bastante mais baixo do que o sugerido nos anúncios publicitários: 3,8% líquidos, na melhor das hipóteses. Se tem a certeza de que não necessita do capital a médio/longo prazo pode optar por alternativas mais rentáveis.
De acordo com aquela publicação financeira, os Certificados do Tesouro (5,3% a 5 anos) e as Obrigações do Tesouro, cujo rendimento já supera os 10% ao ano para quem mantiver até ao vencimento (prazo de 3 anos), são as opções mais interessantes.
A PROTESTE POUPANÇA sempre se bateu junto das entidades reguladoras por uma maior transparência e controlo da publicidade. Há cerca de um ano, o Banco de Portugal introduziu legislação que proíbe a utilização de designações enganadoras nos depósitos. No caso dos depósitos, o anúncio de rentabilidades que induziam em erro e escondiam a taxa efetiva é agora algo do passado. No entanto, vários anúncios continuam a contornar a legislação, usando expressões como "até 6%", por exemplo, para cativar o consumidor. Apesar de legais, estas técnicas de marketing são enganadoras e podem contribuir para decisões de investimento menos acertadas, alerta a DECO.
Os produtos sob a forma de depósito já apresentam a informação de forma bastante clara na Ficha de Informação Normalizada (FIN). Mas as exigências informativas variam consoante o tipo de produto. Os seguros e as obrigações de caixa não obedecem às mesmas regras, pelo que os dados disponibilizados poderão ser menos transparentes. Segundo a Associação para Defesa do Consumidor, deveriam existir regras uniformes para todos os produtos financeiros.
03.05.2011

PPR: não invista em 2011
Se subscreveu um plano de poupança-reforma (PPR), não faça novas entregas, pois dificilmente obterá o benefício fiscal. Os fundos mistos e os certificados do Tesouro são o melhor destino para as economias.
Com comissões elevadas e grandes restrições à mobilização antes da reforma, a principal vantagem dos PPR até este ano era a dedução fiscal de € 300 a € 400 no IRS, em função da idade dos subscritores. Mas com os cortes orçamentais impostos pelo Governo, também esta vantagem desapareceu para a esmagadora maioria dos investidores.
Na prática, só quem tem um rendimento mensal próximo do salário mínimo nacional e não contratou seguros de vida, não fez donativos, nem investiu em energias renováveis conseguirá beneficiar da dedução intacta.
Se não reúne estas condições, deixe de fazer entregas para o PPR, mas mantenha a aplicação. O resgate antecipado é penalizado com uma comissão de 10% por cada ano decorrido e perda do benefício fiscal "à saída". Ou seja, em vez de uma taxa de imposto de 8,6%, paga 21,5 por cento. Se está insatisfeito com o seu PPR, pode mudar para um mais rentável e com menos comissões, sugere o boletim financeiro da DECO PROTESTE.
Apesar do revés nos PPR, deve continuar a poupar para a reforma. Em 2011, opte por aplicações com maior liquidez e menos custos. Caso tenha menos de 50 anos e possa investir por um mínimo de 5 anos, escolha uma carteira de fundos de ações e obrigações ou um fundo misto. Em 2010, os mistos defensivos renderam em média 3,3% líquidos, os neutros 7% e os agressivos 8,3 por cento.
Se tem 50 anos ou mais ou não quer arriscar, os certificados do Tesouro são a melhor opção: garantem o capital e não têm custos. Ao subscrever em março, ganha entre 5,3% líquidos ao ano (investimento por 5 anos) e 5,6% (10 anos).
Consulte os PPR mais rentáveis e as Escolhas Acertadas dos fundos no novo portal da PROTESTE POUPANÇA.

quarta-feira, 6 de julho de 2011



Como livrar-se do velho electrodoméstico!

Para dar uma nova vida à sua máquina de lavar roupa antiga, entregue-a na loja onde comprar a nova ou a uma instituição ou peça aos serviços municipais a sua recolha.

Deixar o velho pelo novo Quando encontra um substituto para assumir as funções do antigo aparelho, uma das alternativas é deixar o preterido na loja. Esta é obrigada a aceitá-lo e a assegurar a continuação no ciclo de reciclagem, ou seja, encaminhá-lo para a entidade gestora ou um operador que trate da sua triagem, desmantelamento e reciclagem, ou possível reutilização total ou de certas componentes para revenda ou reparação.
E o que fazer para se ver livre de um aparelho, quando não compra um novo? Esqueça tudo o que já viu perto da sua casa. Deixar um equipamento electrónico de grande porte ao lado do contentor do lixo ou dos ecopontos não é solução: motivos ambientais à parte, as coimas aplicadas podem exceder os 3000 euros.
Caso o aparelho ainda esteja a funcionar ou possa ser reparado, pode doá-lo a uma instituição. Se tiver um "mono doméstico", deve contactar os serviços municipais (a sua câmara ou junta de freguesia) e marcar um dia e uma hora para a recolha, mas nunca deve depositá-lo na via pública, fora do horário combinado. Em alternativa, e para reciclar pequenos equipamentos, como um monitor de computador ou uma lâmpada fluorescente, pode entregá-los em centros de recepção, que os armazenam até serem recolhidos pela entidade gestora que os encaminha para reciclagem. Alguns desses centros coincidem com os ecocentros municipais ou intermunicipais. Outros funcionam em empresas e distribuidores, como é o caso de alguns hipermercados, que armazenam o lixo electrónico. Na maioria dos centros de recepção, o horário de funcionamento limita-se aos dias úteis, durante as horas de expediente, pouco acessíveis ao cidadão comum. Mais: nem todos recebem os vários tipos de resíduos abrangidos pela lei, pelo que um contacto prévio é sempre útil.